data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Germano Rorato (arquivo/ Diário)
Antes, é bom relembrar. Confira aí os candidatos (e suas respectivas votações) a prefeito municipal em 2016:
- Jorge Pozzobom (PSDB), 43.037 votos no primeiro turno e 73.003 no segundo
- Valdeci Oliveira (PT), 43.746 votos no primeiro turno e 72.777 no segundo
- Fabiano Pereira (PSB), 20.220 votos
- Jader Maretoli (Solidariedade, hoje no Republicanos), 19.487 votos
- Marcelo Bisogno (PDT), 12.515 votos
- Werner Rempel (PPL, hoje no PC do B), 6.917 votos
- Alcir Martins (PSOL), 1.224 votos
- Paulo Sérgio Weller (PSTU), 178 votos
Acrescente-se, como curiosidade, que estavam aptos a votar 203.043 santa-marienses e, no primeiro turno, foram 6.796 votos nulos, 6.444 brancos e se registrou uma abstenção de 42.409 eleitores (20,89%).
No segundo turno, a abstenção aumentou, com 45.062 (22,19%) ausentes e uma ligeira redução nos votos nulos (6.731) e brancos (5.470).
Dito isto, retorne-se ao presente.
Se supunha, e esse escriba era um dos que assim entendia, que haveria muito mais candidatos a prefeito que há quatro anos. E a razão não poderia ser mais singela e prática: com a obrigatoriedade de lançamento de chapas próprias ao Legislativo, os partidos, não importa o tamanho, teriam de apresentar nome também ao Executivo, no mínimo para ganhar mais espaço no trololó eletrônico e, assim, propagandear suas nominatas à Câmara de Vereadores.
Isso, porém, já é possível antecipar, não ocorrerá. Seja por razões estratégicas (de duvidosa eficácia, mas algo a ser conferido apenas com o resultado do pleito) ou, mesmo, no caso de siglas médias e pequenas, da ausência de nomes em condições de concorrer, o fato é que, pelo perceptível até o momento, não é de se duvidar, mesmo, que o número de concorrentes possa mesmo se reduzir.
Dependerá essa possibilidade, até outro dia impensável, da capacidade de união da esquerda-esquerda, que em 2016 se dividiu entre dois concorrentes, ou mesmo de algum cisma entre os grupos hoje formados. Embora não seja impossível, trata-se de algo bastante improvável, a se ver o que ocorre no presente momento.
Assim é que, sempre com a possibilidade de mudanças de última hora (e elas ocorrem, invariavelmente), o número de concorrentes ao Executivo, contrariando expectativas de pouco tempo atrás, será no máximo de oito, deixando espaço para alguma surpresa, o que alargaria o quadro para nove, excepcionalmente com 10 nomes à disposição do eleitor.
Ah, e, para fechar, quem seriam os concorrentes. Sem considerar os nomes dos vices (algo a ser tratado oportunamente), estão garantidos Jorge Pozzobom (PSDB), Luciano Guerra (PT), Sérgio Cechin (PP), Marcelo Bisogno (PDT) ou Fabiano Pereira (PSB), Evandro de Barros Behr (Cidadania), Jader Maretoli (Republicanos) e um ou dois nomes dos partidos da Esquerda-Esquerda (PSOL e PSTU).
Conveniente modo "mude" da oposição
Uma pergunta ocorre ao titular desta página, como provavelmente a vários outros: alguém aí ouviu ou leu manifestação de lideranças oposicionistas acerca dos procedimentos mais (ou menos, conforme o caso) severos do prefeito e sua equipe em relação à crise da Covid-19?
Pois é. Ninguém elogia nada. O que seria aceitável, afinal, é - talvez seja o pensamento da oposição - um problema do atual gestor. Mas também não há críticas, sequer veladas ou mesmo de uma ou outra atitude, contra este ou aquele decreto.
Aí, com todo respeito aos que estão fora da gestão, quem merece a crítica são eles. Afinal, se não há louvor ou censura, apenas indiferença, se está diante do caso objetivo de imaginar que, se der certo, "melhor não elogiar". E se der errado... Bueno, se der errado, o governo vai se dar mal, e a oposição, bem.
É uma pena que se tenha esse tipo de posição dos políticos locais, principalmente quando está em jogo o bem estar de toda a comunidade. Não há crítica sequer ao fato de, taaalvez, o prefeito não ter chamado a todos para conversar - o que deveria ter sido feito, é possível presumir, diante da gravidade da situação. Nem isso. A oposição opta pelo silêncio. E isso tem nome. E não é coragem.
Em tempo: se bem que oposição, oposição, oposiçããão meeesmo não pode ser o caso de PP e MDB, que estavam no governo justamente no início dos efeitos da pandemia. Mas estão absolvidos. Afinal, PDT/PSB, Republicanos, Cidadania e PT/PSD também estão no modo "mude".
Nova denúncia, os vereadores e a "prova" data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Esta página demonstrou, já faz três semanas, com argumentos jurídicos e políticos, que a denúncia (sob investigação) sobre procedimento possivelmente ilegal do prefeito em relação ao comando da Guarda Municipal pode virar um "tiro no pé" da oposição - que acatou liminarmente a argumentação do denunciante.
Até aí, ok. Afinal, erros todos podem cometer. E sempre haverá chance de remediá-lo, não sem o desgaste político que poderia ser evitado. Mas, nesta semana, a situação ganhou foro de, com todo o respeito, brincadeira - não obstante a seriedade do parlamento.
Enfim, a Câmara acolheu e dispende recursos para avaliar nova denúncia, feita por cidadão (por coincidência, também vinculado à Guarda Municipal), e que é desmentida pela própria prova apresentada.
Explicando: a "acusação" é que o prefeito promoveu "aglomerações" no dia 6, quando fez a entrega da Concessão de Uso de terrenos a moradores da periferia. Primeiro, se comprovada, não se trata de crime. Talvez até uma "pouca vergonha" (ainda não punível em lei, para sorte de uns e outros), mas não transgressão legal. E segundo, as provas (fotos como a que ilustra esta nota) mostram que a tal "aglomeração" cumpriu todas as regras de distanciamento social sugeridas pelas autoridades.
Então, o que se tem? Respeitosamente: só busca de espaço político. Que os vereadores concedem, graciosamente.
LUNETA
EM TESTE?
Como ainda falta um tempinho (ou tempão, até), é possível dizer que os slogans jogados por aí estão mais para teste que para certeza. Exemplo é o que petistas estão a utilizar nas suas "lives" e outras postagens nas redes sociais. No caso, o "Pra Santa Maria Superar". Ah, e a palavra "abraço" também está no ar (e por obra de mais de um pré-candidato). Será que umas e outras resistirão até o início oficial da campanha?
FACEIRICE, MAS...
Pré-candidato a prefeito pelo Cidadania, Evandro de Barros Behr, como se sabe, está em busca de parceria para engordar suas chances de vitória. Assim, ficou faceiro com os versos simpáticos a ele dedicados pelo presidente do PSL, Eloi Irigarai. Mas Behr não se engana. Até porque, o próprio pesselista admitiu que a sigla está mais para se aliar ao atual prefeito Jorge Pozzobom.
INTERESSES
E dizer que talvez não seja tão impossível assim, jogando contra o bom senso e a saúde, a manutenção da data de 4 de outubro (e 25, no caso de segundo turno) para a eleição municipal. Os deputados federais e seus medos, para não dizer seus interesses, e até os atuais prefeitos (o daqui está fora disso, ao que se sabe) jogam por isso, sem se preocupar efetivamente com a dona Covid-19.
A DIFERENÇA
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Marion Mortari (PSD, foto ao lado), virtual pré-candidato a vice-prefeito na chapa do petista Luciano Guerra, não vê problema em aglomerações com as sessões presenciais do Legislativo. Mas o enxerga em atos da prefeitura, por mais que regras específicas sejam seguidas. Enfim, e sem entrar na questão político-eleitoral, a única diferença aparente nos dois casos é a TV Câmara. Está exclusiva de Mortari e seus pares.
PARA FECHAR!
Após a saída do PTB, bombardeado por muitos que lembraram, de repente, do notório Roberto Jefferson, a Frente Trabalhista se consolida, até o próximo embate, com a trinca principal: PTB, PSB e PC do B. De modo que, como disse privilegiado observador, embora reste a dúvida sobre o cabeça, Marcelo Bisogno ou Fabiano Pereira, há muito mais torcida adversária do que propriamente rixa interna.